sexta-feira, 28 de agosto de 2015

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Eleições OAB: Ruy Medeiros oficializa manifestação de apoio



Foto: BLOG DO ANDERSON
Foto: BLOG DO ANDERSON
Aproximam-se eleições no âmbito da OAB. Os advogados serão convocados para eleger aqueles que dirigirão o destino da entidade para o próximo período administrativo trienal que deverá ter início em 2016. É muito bom verificar o interesse que as eleições da OAB despertam entre os advogados, acadêmicos de direito e na sociedade. Isso revela a importância da entidade e o apreço com que é considerada (é instituição com grande índice de credibilidade segundo apuração feita por agências de pesquisa). É alentador o fato de não haver desinteresse ou apatia diante do pleito que se avizinha. 
Somo minha vontade ao desejo de muitos que querem ver Ubirajara Gondim de Brito Ávila candidato a presidente da Subseção de Vitória da Conquista da Ordem dos Advogados do Brasil. Sei que ele será candidato seguro e adequado para as atuais circunstâncias, que exigem participação, diálogo, luta árdua pelas prerrogativas dos advogados e a defesa do Estado Democrático de Direito, com o aperfeiçoamento do aparato legal e operacional que essa tarefa pressupõe.
Bira, seja candidato.
Ruy Medeiros

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Finalmente reeditada obra poética de Camilo de Jesus Lima.


Ruy Medeiros

Obra Poética (2 Volumes) de Camillo de Jesus Lima

Lançamento: Dia – 11 de setembro
Hora – 19:00 h
Local – Câmara Municipal de Vitória da Conquista

Camilo de Jesus Lima nasceu em Caetité, Bahia, em 9 de setembro de 1912, e faleceu em 28 de fevereiro de 1975, em Itapetinga, Bahia.
Camilo foi grande poeta, autor de boa crítica literária, de crônicas, de romance (inédito). Em 1942, ganhou, com o livro “Poemas”, o prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras.
O poeta evoluiu de uma poesia intimista (em que o sentimento de saudade predomina amplamente) para a poesia social mais afirmativa dentre os poetas baianos contemporâneos, especialmente os versos publicados em jornais locais, muitos dos quais reunidos em “Cantigas da Tarde Nevoenta” e as “Trevas da Noite estão passando” (este em colaboração com Laudionor Brasil).
Sua prosa foi publicada em vários jornais e revistas, algumas de circulação nacional, como é o caso de Vamos Ler, O Malho, e Leitura (esta, importante publicação cultural editada no Rio de Janeiro).
O Poeta esteve em grande evidência nas décadas de 1940 a 1960, quando ativamente veiculava textos em jornais. Mas a edição de seus livros, financiada por amigos ou custeada por si mesmo, não excedia de 300 exemplares e isso não permitia ampla circulação. Depois, a ditadura não queria poesia libertária. A censura imperou. Foi preso e vigiado
Camilo combateu o nazismo. Uma das primeiras reações contra a invasão da Polônia pela Alemanha (1939) é seu poema “imortal”, que mereceu agradecimento do Embaixador polonês no Brasil. Cantou a paz, a solidariedade, a igualdade social, mas sobretudo o amor e a liberdade.
A re (edição) da obra de Camilo, que organizei (preservando cronologia e introdução de José Mozart Tanajura) foi realizada pela Editora da Assembléia Legislativa da Bahia, (parabéns, Marcelo Nilo e Délio Pinheiro!) antecedida de esforços desenvolvidos pela Cada da Cultura, filhos de Camilo, amigos e admiradores (Carlos Jehovah à frente), José Raimundo Fontes, Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista e Edições UESB.
Os dois volumes que serão lançados trazem o que Camilo enfeixou em livros e editou. Ficam fora, por enquanto, obras importantes como Cancioneiro de Vira Mundo, Poemas Satíricos, Velhos Temas, Socaite em três variações, Tristes Memórias do Professor Mamede Campelo, Crônicas e Artigos, etc.
Vale a pena – e muito – editar o restante da obra, especialmente Cancioneiro de Viramundo (poesias) e Tristes Memórias do Professor Mamede Campelo (romance)
A Balada de Vira Mundo
(Camillo de Jesus Lima)

Me solta, gente, que eu quero atravessar a fronteira,
Eu quero ouvir saudades cantadas, choradas, suspiradas,
Molhadas de suor, na segunda classe, onde os emigrantes fazem mútuas confidências.                                            
Eu quero sentir o vento levantando-me os cabelos,
Eu quero encher meus pulmões com o ar puro dos campos.
Eu quero jogar o resto de tabaco do meu cachimbo nas ondas revoltas.
Que quero ver os olhos dos que procuram devassar os horizontes longínquos na ilusão de verem lenços acenando,
- Olhos tristes que lembram noites de amor e que geram poemas.
Me solta, gente, que eu quero atravessar a fronteira.
Eu quero ver se o beijo de Amor, que mora em Changai e bebe chá na taça amarela de porcelana.
é mais doce que o de Dolores que morreu na rua de Madrid, acenando o lenço vermelho no ar, como se fosse uma serpente de sangue.
(O beijo de amor pode ser mais doce, mas nunca há de ser selvagem como o de Vera,
Que uiva de amor como a loba ferida no gelo da estepe).
Me solta, gente, que eu quero ir com Wanda, por este mundo a fora,
Como dois ciganos sem rumo e sem destino.
Eu quero ver os olhos de Sara perdidos no cais como duas estrelas negras.
Eu quero respirar fumaça naquela taverna escura de Manilha.
Eu quero comprar corais daquele marujo cor-de-cobre
Para que eles pareçam no colo alvo da minha Pecadora,
Marcas sangrentas que meus dentes fizeram.
Me solta, gente, que aquela menina araucana, morena, de olhos pretos está me dizendo que o mundo é muito grande,
enquanto os Andes parecem pontos de admiração enormes, de cabeça para baixo,
com pingos de condores quase invisíveis, no alto, parados.
Me solta, gente, que os trilhos dos trens de ferro estão escrevendo meu destino no dorso infinito da terra.
Me solta, gente, que a brisa do mar está me chamando,
Me chamando,
Me chamando...





segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Não é demais dizê-lo.

Ruy Medeiros

Em momentos de instabilidade ou de crise, o espírito crítico parece refluir em muitas pessoas e para essas parece ser desnecessário analisar com maior critério fatos e fenômenos. Não surpreende, no contexto atual, que surjam ataques isolados à Ordem dos Advogados do Brasil: alguns são reveladores do interesse de instrumentalizá-la; outros revelam a sobreposição de um desejo, que justifique acusações infundadas, sobre a realidade.
A OAB tem por finalidade “defender a Constituição, a Ordem Jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”. E também: “promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil”.
O Conselho Federal da OAB é extenso: seu pleno é composto de três conselheiros de cada unidade federativa e dos seus ex-presidentes (membros honorários vitalícios).
O grande número de integrantes do Conselho Pleno tem tido como contrapartida grande diversidade de orientações políticas e jurídicas. Há Conselheiros do PSOL, DEM, PT, PSDB, dentre outros, e sem filiação partidária. As decisões do Conselho são antecedidas de debate democrático, e devem ser implementadas pela Diretoria, coletivamente.
A OAB não tem deixado de manifestar-se sobre a situação atual. Também não tem-se aliado a esse ou àquele partido político. Quem a acusa de aliança ou omissão deve apresentar fatos concretos. Mas certamente a OAB não será instrumentalizada. Decidirá sempre após ampla discussão interna, sem prejuízo de interlocução, na sociedade, com outras entidades.
É preciso sempre defender a OAB dos ataques sem fundamento e isso cabe a todos nós, advogados.

Não é demais dizê-lo.

A Conquistense do Araguaia

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