Não
é demais dizê-lo.
Ruy
Medeiros
Em
momentos de instabilidade ou de crise, o espírito crítico parece refluir em
muitas pessoas e para essas parece ser desnecessário
analisar com maior critério fatos e fenômenos. Não surpreende, no contexto
atual, que surjam ataques isolados à Ordem dos Advogados do Brasil: alguns são
reveladores do interesse de instrumentalizá-la; outros revelam a sobreposição
de um desejo, que justifique acusações infundadas, sobre a realidade.
A
OAB tem por finalidade “defender a Constituição, a Ordem Jurídica do Estado
democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela
boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”. E também: “promover,
com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos
advogados em toda a República Federativa do Brasil”.
O
Conselho Federal da OAB é extenso: seu pleno é composto de três conselheiros de
cada unidade federativa e dos seus ex-presidentes (membros honorários
vitalícios).
O
grande número de integrantes do Conselho Pleno tem tido como contrapartida
grande diversidade de orientações políticas e jurídicas. Há Conselheiros do
PSOL, DEM, PT, PSDB, dentre outros, e sem filiação partidária. As decisões do
Conselho são antecedidas de debate democrático, e devem ser implementadas pela
Diretoria, coletivamente.
A
OAB não tem deixado de manifestar-se sobre a situação atual. Também não tem-se
aliado a esse ou àquele partido político. Quem a acusa de aliança ou omissão
deve apresentar fatos concretos. Mas certamente a OAB não será
instrumentalizada. Decidirá sempre após ampla discussão interna, sem prejuízo
de interlocução, na sociedade, com outras entidades.
É
preciso sempre defender a OAB dos ataques sem fundamento e isso cabe a todos
nós, advogados.
Não
é demais dizê-lo.
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