Ruy
Medeiros
Adapto
texto que escrevi e o publico neste 177º aniversário de nossa cidade:
Primeiramente,
um rancho com cerca de 60 pessoas, conforme documento de 1780. Em 1817, um
arraial com 40 casas e prédio de Igreja em construção, diz o príncipe
Maximiliano Wied-Neuwied. As casas estavam construídas nas margens do riacho da
Vitória (rio Verruga) e o arruado do arraial acompanhava o rio e assim
continuou durante sua fase seguinte de sede do Distrito da Vitória, de Caetité
(1820), e centro da Freguesia de N. Sra. da Vitória (1839), no Sertão da
Ressaca (Mesorregião Centro Sul da Bahia, Brasil).
Vila,
Imperial Vila da Vitória, isto é município, a partir de 1840, além da fileira de
casas na margem do riacho, ruas travessas (hoje ruas do Lisboa e Ramiro Santos)
para garantir o acesso à água por parte daqueles que edificaram suas casas no
lado oposto, iniciando o desenho da rua Grande (Praças Tancredo Neves e Barão
do Rio Branco).
Durante
bom tempo, o rio direcionou o crescimento da Vila: na outra margem, a praça da
Piedade (Praça Nove de Novembro) e, em ambos os lados da rua da Várzea (02 de
Julho), também estrada, o beco da Sabina (Rua Moderato Cardoso) e a rua das
Flores. A área central da Vila, com sua capela dedicada a N. Sra. Da Vitória,
passa a crescer por adensamento do centro, seguindo estradas vicinais:
rua/estrada da Várzea (02 de julho), Estrada dos Campinhos (Av. Fernando
Spínola), Estrada da Muranga (Rua Siqueira Campos), Estrada de São Bernardo
(ruas Elpídio Flores, 10 de Novembro/Sifredo Pedral Sampaio), Estrada do
Periperi/Choça (rua dos Andrades – rua do Cruzeiro/Av. Antonio Nascimento),
depois a estrada das boiadas (rua João Pessoa).
Em,
1891, julho, a República não suporta o nome de Imperial Vila da Vitória. Passa
a Município de Conquista (embora alguns digam da Vitória), com sede na cidade
de Conquista. De 1904 são a praça Sá Barreto e o velho açude (área de margem da
atual Av. Bartolomeu de Gusmão até a Estação de Monta).
Desenvolve-se
a cidade como centro de importante ligação entre o litoral e o Alto Sertão,
especialmente fornecedora de alimentos e outros bens à dinâmica região cacaueira.
Em 1924, é aberta a Estrada de Rodagem para Jequié (cujo início é a rua da
Corrente, onde de pagava o pedágio).
Na
década de 40 do século XX, por sua localização e em razão dos efeitos da Guerra
e do crescimento econômico anterior, a cidade expande-se. O centro é dividido e
surgem as ruas Zeferino Correia e Maximiliano Fernandes. Um processo iniciado
um pouco antes consolida-se: O parcelamento do solo com ruas perpendiculares às
estradas, como a dos Campinhos, São Bernardo, Muranga, Batalha, Boiada, Rodovia
Ilhéus Lapa, Rio Bahia... Aparecem também loteamentos. É também na década de 40
do Século passado que o Município adquire o nome atual de Vitória da Conquista.
No final da década seguinte (de 1950), a população urbana supera a população
rural e a cidade, em 1960, já é centro polarizador. Surgem novos
bairros/loteamentos e conjuntos habitacionais e as estradas demonstram a forte
influência do poder público como indutor de vetores de acréscimo urbano. Aí
estão os conjuntos edificados pela Urbis à margem de rodovias, puxando a malha
urbana. Enfim a cidade torna-se realmente uma capital regional (a partir dos
anos 70 do Século XX).
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